Ontem (10-12-2011) comemoramos mais um ano da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Dede a adoção da declaração pelas nações unidas até os dias de hoje muito se foi feito a respeito, por exemplo, pelos direitos a igualdade de raças, das mulheres e direito de livre manifestação de crença e pensamento e outras tantas áreas do direito humano.
No entanto muito pouco foi feito a respeito dos direitos LGBT, no Brasil, por exemplo, além dos poderes fazerem nada ou muito pouco para garantir direitos iguais para homossexuais, algumas frentes da câmara de deputados (frente religiosa) ainda trabalha para anular a decisão do STF que reconheceu as uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo e impedir o ministério da educação ensinar respeito às diferenças nas escolas como kit anti-homofobia.
Para piorar, mais uma vez a decisão sobre a criminalização da homofobia foi adiada, agora para 2012.
Complicado entender não é? Ser homossexual não é crime então por que o legislativo não cria a regulamentação para reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo? E leis para criminalização da homofobia? Será que tem alguma coisa que não sabemos a respeito? Algum motivo para essa ausência, essa falta de iniciativa do poder legislativo? Eu lhes digo senhores, esse poder está impregnando ações de deputados que querem fazer valer para todos a sua doutrina religiosa em detrimento de outras religiões e minorias (homossexuais).
E temos que aplaudir e agradecer ao poder Judiciário (Supremo Tribunal Federal) que no dia 05/05/2011 reconheceu por unanimidade a união estável em uniões homoafetivas, o que trouxe alegria para muitos casais além de esperança por um futuro melhor. Nesse dia histórico o presidente do STF ministro Cezar Peluzo concluiu a sessão com o seguinte pedido ao congresso nacional: “O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer”.
Outras pessoas que fizeram muito pelos direitos LGBT e que nunca são lembradas pelo seu trabalho, pela sua luta incansável, por dar a cara a tapa e por fazer a verdadeira diferença quando a diminuição do preconceito são as nossas queridas meninas chamadas de QUÁ-QUÁS e outros tantos nomes. São elas divertidas, alegres e sempre de bem com a vida que há décadas vêm fazendo com que as pessoas respeitem mais as diferenças.
Ou você acha que o fato você poder se vestir bem e cuidar mais da sua aparência, ir a espaços LGBTs, ter música agitada de boa qualidade, e poder oficializar união estável garantindo seus direito, que isso tudo é resultado de esforços de gays enrustidos? Not. Foram elas as meninas do nosso time que conquistaram tudo isso. Parabéns meninas por essa luta incansável por direitos iguais e mais respeito com as diferenças.
Quero terminar aqui dizendo que ainda temos muito pela frente, e que você como gay, mas principalmente como cidadão e pessoa que quer ter seus direitos reconhecidos e garantidos, também tem que se fazer ouvir.
