sábado, 20 de outubro de 2012

Condenados ao Submundo


   É fato que a comunidade LGBT não é bem vista e inclusive repudiada, não só no Brasil mas na maior parte dos países em todo  globo, digo isso porque há alguns países na Europa e o Canadá na América do norte por exemplo, tem um maior respeito pelas diferenças/direito individual, inclusive pela diversidade sexual.

  Essa rejeição acontece com maior intensidade em países  pouco desenvolvidos (pobres) e onde a religião ainda tem muita força (conservadores) e interfere diretamente no modo como a sociedade desses países interage com as minorias, sejam elas religiosas, ou por falta de crença (ateus e agnósticos) ou sexualidade diversa (LGBT's).
   Isso acontece, como já falei em outros posts, devido a uma série de acontecimentos históricos, um grande acumulo de costumes, tradições, crendices e superstições religiosas e esse apanhados de informações de certa forma define o funcionamento da sociedade, daí o problema da rejeição da sexualidade diversa por maior parte da população brasileira, uma vez que essa em sua grande maioria se declara cristã, e como sabemos o cristianismo abomina a homossexualidade.

   Esse contexto histórico é responsável em grande parte pela limitação da liberdade de quem é gay, lésbica, bi ou transexual, a outra parcela de culpa é da omissão poderes legislativo e executivo que não fazem nada para melhorar essa realidade.  E os discursos nas bancadas do congresso  e das câmaras estaduais  são sempre os mesmos, baseados na moral e nos bons costumes, em nome do bem da família tradicional etc.
   Limitam mais de 20 milhões de brasileiros, a chats na internet, espaços como bares e danceterias dedicados ao público G, para não falar na parte obscura desse submundo, os vestiários, os banheiros de shoppings/públicos e as vielas escuras longe dos olhos da dita sociedade igualitária na visão dos bondosos cristãos (modo sarcasmos on só pra vocês saberem).

   É triste ver como a comunidade LGBT se deixou ser enxotada para debaixo do tapete, condenados ao submundo, a parte mais baixa e desprezada da sociedade. O movimento LGBT existe mas não funciona como deveria, há poucas pessoas empenhadas de verdade no sentido de mudar essa realidade. E os poucos que existem como o deputado Jean Wyllys não conseguem por em prática seus projetos pois tem um exércitos de fundamentalistas religiosos tentando a todo custo impor seus preceitos a toda a sociedade brasileira interferindo nos direitos alheios.

   As paradas da diversidade acontecem justamente da forma como não deveriam. Os participantes parecem não compreender o sentido de manifestação em prol de uma causa, fazem da oportunidade do dia da parada só mais um carnaval LGBT de promiscuidade em ruas públicas, e ainda acham que estão fazendo algo de bom, quando só estão reforçando a imagem perniciosa e distorcida que a religião lhes imputou.

Será que isso tudo irá mudar um dia? O que você acha? Comentem por favor!

Abraço e bom fim de semana. 

2 comentários:

  1. Olá...

    Eu acredito que a mudança é algo irreversível, querendo ou não, estamos evoluindo para um cenário onde já não é mais possível fingir que as coisas não existem

    A questão para mim é a velocidade com essa mudança vai acontecer, e nesse aspecto eu concordo com seu texto. A nossa sociedade é muito hipócrita e oportunista, e assim... prefere ir empurrando com a barriga as questões que são importantes.

    Pessoas gays, que poderiam ser exemplos positivos, acabam por escolher uma "discrição" em nome do trabalho e da família, ainda que compartilhe dos mesmos receios deles, penso que isso acaba por prejudicar no final.

    Mas ao mesmo tempo vejo que as novas gerações são bem mais "atiradas", sem posicionam, vivem sua sexualidade de maneira mais livre... quem sabe cabera a eles implantar de fato algumas coisas que hoje não estão as claras...

    Post muito bacana! Abração

    ResponderExcluir
  2. Concordo contigo, a mudança vai acontecer, querendo ou não estamos evoluindo, as novas gerações estão com a mente muito mais aberta. Acho que é questão de tempo, talvez eu e você não vejamos dois caras de mãos dadas nas ruas, mas acredito que um dia, um dia isso será tão normal quanto respirar.

    ResponderExcluir